segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Verdadeira Responsabilidade da Imprensa Brasileira

 Nem tudo está perdido
Após leitura da Opinião da RBS do Jornal Santa de hoje, quero parabenizar o Grupo RBS pela iniciativa, pois percebe-se que nem tudo está perdido, ver uma posição firme desse Importante Grupo de Comunicação no Estado. Conclui-se que, ao expor uma opinião corajosa e transparente para o conhecimento, avaliação e julgamento público, é um ato de extrema competência jornalistica e acima de tudo, um Ato Democratico de responsabilidade ímpar dos meios de comunicação. Abrir os olhos e fazer o povo brasileiro enxergar com mais clareza as mazelas da administração pública, neste caso do Governo Federal, é um dever e obrigação de todos os formadores de opinião, em especial a Imprensa Brasileira. PARABÉNS.

11/07/2011 | N° 12304

OPINIÃO DA RBS

Aliados de alto risco

Um dia depois da queda de Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, afirmou em tom categórico que o governo não irá transigir diante de suspeitas de irregularidades cometidas por ocupantes de cargos de confiança em qualquer escalão do governo. Disse mais o ministro: “Aliados não podem ser mantidos a qualquer preço”. Assim deveria ser, em quaisquer circunstâncias e em qualquer atividade pública, sempre que, como ocorreu no caso dos Transportes, sejam fortes os indicativos de delitos. A declaração do senhor Gilberto Carvalho somente será efetiva, no entanto, se for traduzida em providências, ou restará como mera figura de retórica.

No mesmo dia em que o ministro da Secretaria Geral parecia impor condições para a permanência no governo, o próprio Planalto admitia que o ministro afastado continuará interferindo na escolha de seu sucessor. O objetivo dessa participação seria a manutenção dos vínculos palacianos com o partido do demitido. Pergunta-se: um ministro que cai, sob suspeitas graves, tem o direito de apontar quem irá ocupar o cargo que deixou, depois de submeter o próprio governo a que servia a uma situação humilhante? Que contribuição pode continuar oferecendo um ex-ministro afastado por não ter o controle da pasta que comandava?

Qualquer governo depende de uma base política no Congresso, mas é enganoso e imoral tentar convencer o país de que vale tudo em nome dessa sustentação. Preservar alianças, muitas vezes espúrias, sob o pretexto da governabilidade, é transigir com os que transformam a política num instrumento de trocas para favorecimento privado. O que o governo deve é reavaliar seus critérios ao fazer escolhas e preservar o decoro a qualquer preço.

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