sábado, 28 de janeiro de 2012

Os Administradores públicos, os Representantes Políticos do povo.....A REALIDADE E A TRANSPARÊNCIA

Para quem gosta da transparencia.....Coluna imperdível de ser lida. Simplesmente retrata a realidade Brasileira, especialmente do povo Catarinense, e acima de tudo dos Blumenauenses.......
 28/01/2012 | N° 12479 
CAO HERING
cao@santa.com.br
  • Ai...

    Estou nesta coluna desde setembro de 2004 e estas foram minhas primeiras férias. Nada a ver com, conforme o jargão, “recarregar baterias”. Quem escreve uma coluna por semana não precisa de férias. Foi mais um pequeno desafio, queria ver se me livrava um pouco do descaramento exponencial da politicalha para criar histórias tiradas do nada, pesquisar tipos, ousar nuns contos, sair no tapa com a gramática. Nada feito. Quem insiste em observar a carruagem torta e lenta dessa terra de desastrados candidata-se à mesmice. Por outra, não vai dar pra não falar mal.

    O Brasil, desde que o conheço pelas revistas O Cruzeiro e Manchete, é tragédia anunciada para janeiro. Não confunda com mexidas no fino equilíbrio ecológico. Janeiro historicamente é água e terra de morro abaixo, sempre foi assim e será. E o bando de ministros alojados em Brasília teria a obrigação de saber disso desde o momento em que a “presidenta” (não aguento mais essa forma!) os convidou para seu parque de diversões. Só que deu Natal, Ano Novo, janeiro e os senhores da Integração Nacional, dos Transportes e da Saúde se mandaram. Férias, pra que te quero!

    Você viu no que deu, somos mesmo o país da tragicomédia pronta. No auge dos soterramentos e água pelo gogó, vó Dilma convocou em caráter de urgência os doutores ministros da base alugada. E para mostrar serviço saíram-se com uma “força-tarefa antienchente” composta por 38 geólogos. Depois dos sepultamentos? E olha só o Mercadante: “No Japão e EUA também tem tragédia”. Comparou bem. Só nos falta um adernamento de transatlântico...

    E o Ministro da Integração, hein? Qual bezerro desmamado, antecipou-se no choro. Nem tomou conhecimento da tragédia Norte-Sul e lá se foram para o seu Pernambuco 90% do tutu reservado aos remendos da Nação inteira. Aí, pro forma, convocaram o mamão pra depor no Congresso. Como o filme é abacaxi previsível, a desanimada oposição dormiu, ou nem foi.

    Mas bezerro de ouro pouco é bobagem, em seguida foi a vez de o Judiciário ganhar a coluna policial. Vieram à tona uns 855 milhões “atípicos” (?) movimentados pelo pessoal habilitado a dar sentenças supremas – imune a elas, porém. “Que beleeeeza!” (Milton Leite, SporTV).

    Você sabia que na praia agora dá pra pedir o milho verde cozido já separado do sabugo e comê-lo de colherinha numa cumbuca de plástico? Pois é, enquanto mastigava sossegado o “up”, os “exploradores” de caixas eletrônicos tinham a agenda lotada; a polícia fazia a operação “enxuga-gelo” na Cracolândia e abria-se a edição 12 do BBB com o indefectível Bial e sua batata semideglutida. Não xinguem o rapaz por chamar aqueles beócios de “nossos heróis”. Herói é ele, se expondo assim – pelo lado de fora, claro. Lá dentro, oops!, é estupro.

    Alvíssaras! O PIB brasilis já ultrapassou o do Reino Unido! Só tem uma coisa: tirante a mordomia escandinava nos oferecida pelos cinco meses da canga, nossa dívida externa é de 1,4 trilhão, e o Mundo – grande credor e comprador de nossos papéis – não está nem aí pra “marolinhas” e “blindagens”, vai acabar fechando a torneira do segundo país mais desigual do G20. Tudo por conta da grana tomada lá fora e do “Projeto 20 Anos no Poder” que torra à doida. E esse espeto, a curto e médio prazo, só cresce. Nessa trajetória de alto risco, somos um Portugal e uma Grécia no patíbulo.

    Fechando: Político não pode mais ser dono de rádio, jornal ou TV, mas “laranja” pode. Celso Daniel... o que é isso mesmo? E o Enem ainda está na linha de tiro, “menos Luiza”. Então, por essas, nada de largar a ranzinzice. Ah, os churros em Camboriú agora vêm com uma pitada de baunilha. Delícia, delícia / Assim você me mata / Ai, se eu te pego / Ai, ai se eu te pego...

    Ô janeiro...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Para ser lido atenciosamente, e tirar a conclusão.

Faço minhas as palavras do Escritor
 
 
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB  é a pura e suprema banalização do sexo. 
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Luis Fernando Veríssimo 
É cronista e escritor brasileiro
Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB  é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.


Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.
 

 Esta crônica está sendo divulgada pela internet a milhões de e-mails.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Desvios de Conduta, Função Pública e das Verbas Federais

Esta Matéria/Reportagem publicada na pág. 4 do Jornal de Santa Catarina de hoje 04/01/12.

É lamentável, chega a indignar qualquer Cidadão de Bom Senso, Responsabilidade e principalmente de Caráter. No Município de Blumenau - SC onde o Prefeito de "píres na mão" quase mendigando desde 2008, por alguns equipamentos necessários para melhorar o Sistema de Alerta de catástrofes, como as seguidas enchentes no Vale do Itajaí. Percebe-se ainda, que algumas autoridades regionais, como o Sr. Paulo Eccel, Prefeito de Brusque-SC e o Secretário de Estado da Defesa Civil, o ex-Senador da República Geraldo Althof, ainda fazem pouco caso da situação, minimizando a atitude irresponsável, tendenciosa e principalmente "politiqueira" do Ministro da Integração Nacional, o Pernanbucano Fernando Bezerra Coelho.


Prevenção é com o Nordeste

Depois da Bahia, agora Pernambuco foi privilegiado com os gastos da União para desastres naturais

BRASÍLIA - Reduto eleitoral do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o Estado de Pernambuco recebeu quase 90% (R$ 25,5 milhões) do dinheiro gasto pelo governo Dilma nas obras iniciadas e pagas em 2011 para prevenir desastres naturais. Os números obtidos pela ONG Contas Abertas em dados do Tesouro Nacional mostram que, no mesmo período, Santa Catarina concentrou apenas 1% (R$ 307 mil) dos gastos autorizados e pagos pela pasta destinados a este fim.

Bezerra é afilhado político do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O ministro é considerado um potencial candidato à prefeitura do Recife nas eleições de outubro. A afinidade política de Campos, um dos principais expoentes do PSB, com o titular do Ministério da Integração transformou Pernambuco no principal destino de recursos federais para combater enchentes e desmoronamentos.

Mesmo se considerado o pagamento de contas pendentes deixadas pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda assim Pernambuco lidera o ranking. No último ano, o estado do Nordeste foi contemplado com R$ 34,2 milhões de programas antienchente da Integração. Palco de tragédias climáticas em 2008 e 2011, Santa Catarina recebeu R$ 13,4 milhões para tocar obras de prevenção, e ficou na quarta posição.

O uso político dos recursos do ministério não é uma inovação na Esplanada. Antecessor de Bezerra na Integração, o peemedebista Geddel Vieira Lima também privilegiou seu Estado, a Bahia, nos repasses de verbas. Ao longo dos três anos em que Geddel esteve à frente da pasta, o Estado concentrou 65% do total de verbas encaminhadas para a prevenção de desastres. Em 2009, um ano antes do peemedebista disputar o governo estadual, o percentual de verbas dirigidas para a Bahia alcançou 90%.

O levantamento da ONG também revela que o governo federal gastou mais no último ano para responder aos efeitos de desastres do que para prevení-los. Enquanto foram destinados cerca de R$ 1 bilhão para atender flagelados e reconstruir cidades arrasadas por intempéries, somente R$ 155,6 milhões foram investidos em medidas de precaução. Analisando-se as verbas desembolsadas entre 2004 e 2011, conclui-se que a cada R$ 10 gastos com as chuvas, R$ 9 foram usados para remediar e apenas R$ 1 para prevenir.

Em nota, o Ministério da Integração questionou os cálculos da ONG e ressaltou que as ações de prevenção a desastres não estão alocadas exclusivamente na pasta. Conforme a Integração, o Ministério das Cidades garantiu R$ 11 bilhões na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para executar ações de contenção de encostas e macrodrenagem.

No entanto, apesar do Ministério das Cidades ter empenhado R$ 31,3 milhões no ano passado para obras preventivas em Santa Catarina, o governo federal ainda não liberou um real sequer para os oito projetos selecionados. A etapa de execução ainda não foi iniciada, afirmou ontem a assessoria do ministério.

fabiano.costa@gruporbs.com.br
FABIANO COSTA